Vice-president of SindusCon-SP presents project to disseminate BIM in Brazil
Paulo Sanchez highlighted union actions since 2009 and CBIC shares for national expansion
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O vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP, Paulo Sanchez, apresentou o trabalho da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para disseminação do BIM (Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da Construção) no Brasil.
Paulo Sanchez no Enic 2017Líder deste projeto, Sanchez já passou por cidades de cinco estados apresentando o BIM, suas aplicações e os ganhos produtivos que as empresas podem ter com esta metodologia. “Queremos que o BIM esteja no dia a dia das construtoras por todos os avanços que representa ao setor”, explicou durante reunião da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat) durante o 89o Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) em Brasília (DF).
O SindusCon-SP foi o precursor da entrada do BIM no Brasil após uma Missão Técnica do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do sindicato aos Estados Unidos em 2009. “Após conhecer sua aplicação e ver os ganhos obtidos, organizamos o 1o Seminário Internacional BIM em São Paulo.” Hoje o seminário está indo para a 11a edição. O SindusCon-SP organizou ainda a Academia BIM e em 2016 lançou o Prêmio de Excelência BIM SindusCon-SP, que premiou os melhores projetos BIM em cinco categorias.
Segundo Sanchez, o próximo passo da fomentação do BIM no Brasil é focar em objetos e nomenclaturas.
BIM no Reino Unido e Chile
Adam MathewsNa programação de hoje da Comat, o secretário do BIM Task Group da União Europeia, Adam Mathews, apresentou os desafios enfrentados e como o governo federal foi indutor para a disseminação da metodologia no país. “Construir uma coalizão foi saudável no Reino Unido. O governo deve criar caminhos claros para aplicação do BIM em projetos públicos.”
Ainda de acordo com Mathews, uma das principais barreiras para adoção do BIM de maneira mais global são questões legais.
Já o gerente geral de Desenvolvimento Tecnológico da Câmara Chilena da Construção, Juan Carlos Leon, explicou sobre o Programa Plan BIM – Construindo 2025, que tem como objetivo facilitar o licenciamento de construção no Chile.
Juan Carlos LeonUm dos pontos destacados por Leon é a diretriz que todos os ministérios licitem da mesma maneira, por meio de BIM, de modo a padronizar e agilizar os processos. “Para que isso ocorra, orientamos que as licitações respondam as seguintes perguntas: por que, para quem, o que e como.”
Leon também salientou que um dos próximos passos é a construção de uma Biblioteca BIM, ou a Libreria Nacional BIM (LNB). “Precisamos abastecer a biblioteca com produtos codificados de maneira padronizada para que se comuniquem com o software. Do contrário, nossos esforços não seguirão adiante dentro do que planejamos.”
O representante chileno apresentou ainda a ideia de formação da Rede Interamericana de Centros de Inovação na Construção para a padronização dos processos BIM na América Latina. “O Brasil e o Chile precisam liderar esse desafio.”
BIM no Brasil
O BIM é encarado pelo governo federal como um dos instrumentos para o aumento da produtividade na construção civil no Brasil.
Mesa de debate ComatCom algumas ações em andamento de maneira paralela e não coordenada, como as do Exército e da Secretaria de Patrimônio da União, está para ser assinado pelo presidente Michel Temer um decreto para a formação de um grupo de trabalho para implementação nacional. “O BIM é um instrumento importante para aumento da produtividade na economia e maior transparência nas obras públicas. A diminuição de aditivos será intensificada a partir de sua expansão no poder público”, explicou o secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial, Igor Nogueira Calvet.
José Carlos MartinsO presidente da CBIC, José Carlos Martins, colocou o BIM, junto com a ética e o compliance, como carro-chefe do novo processo no setor. “Temos que ter a universalização no uso do BIM a partir do poder de compra do poder público. Outro ponto é a verticalização do processo, que envolva toda a cadeia de maneira uniforme.”
O líder da Frente Parlamentar BIM na Câmara, Deputado Federal Julio Lopes, reforçou que além de tornar o BIM um projeto de Estado, é preciso cuidar dos profissionais que vão utilizá-los. “A formação de recursos humanos para operar esse processo é importante”, salientou.
Para Paulo Sanchez, do SindusCon-SP, falta ao Brasil plano de trabalho para implementação do BIM, semelhante ao utilizado por Chile e Reino Unido. “Não adianta colocar lei, sem o Estado estar preparado. Nós estamos fazendo um plano de trabalho com metas?”, questionou o deputado Julio Lopes.
Segundo o líder da Frente Parlamentar BIM na Câmara, a orientação do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, é pensar em médio prazo, em torno de 2030. “A implementação de uma estratégia do BIM precisa ser faseada com pilotos”, afirmou Lopes.
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